por Mauricio Prado (Notas) em Sábado, 16 de Junho de 2012 às 21:16
Na mitologia grega, mortal que tornou-se deusa do amor e que mudou a ênfase da história mitológica anterior a sua existência. Filha de um rei cujo nome é desconhecido, antes dela, os demais heróis da mitologia agiam todos por motivos de ordem patriarcal: poder, conquista, civilização, cultura, etc. O mito, narrado no livro O Asno de Ouro de Apuléio, conta que de tão bela despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do amor, pois as pessoas deixaram de prestar culto regular a deusa da divina beleza para admirar a extraordinária formosura de simples mortal. A deusa teve um acesso de raiva e pediu a seu filho Eros, deus grego do amor, também conhecido como Cupido, que usasse suas flechas encantadas para que a mortal se apaixonasse pela criatura mais desprezível do mundo. Ele a encontrou enquanto ela dormia e ficou tão encantado por sua beleza que, acidentalmente, aranhou a si mesmo com a flecha e se apaixonou por ela. Levou-a dali para bem longe, para um maravilhoso palácio e, apaixonado, disse à sua mãe que finalmente ela estava livre da rival. Sem nenhuma ajuda visível, todos os desejos da princesa eram cumpridos enquanto ele ia visitá-la todas as noites. Durante muito tempo, ela não havia olhado para o seu marido, pois este lhe tinha proibido de olhá-lo, uma vez que intimamente ele queria que o amasse, como humano, e não como um deus. Mas a curiosidade finalmente se apoderou dela e uma noite, enquanto ele dormia, ela ascendeu uma lâmpada e iluminou seu rosto para vê-lo. Espantada e admirada com a beleza de seu marido, desastradamente deixou cair uma gota de óleo quente sobre ele. Percebendo que fora traído, Eros enlouqueceu e sem pronunciar uma palavra, abriu suas belas asas e voou pela janela afora. O palácio e tudo o que ele continha desapareceu e ela, desesperada com seu erro, vagou dias e noites, sem comer e sem dormir, procurando seu amado, enquanto ele estava preso no quarto da mãe por causa de sua ferida. Afrodite, descobrindo que fora enganada e mantendo Eros sob seus cuidados, decide ela mesmo atacar. Prometendo-lhe ser a única maneira de recuperar o amor de Eros, impôs à princesa uma série de tarefas, esperando que delas nunca se desincubisse, ou que tanto esforço se desgastasse que perdesse a beleza. Então surge a lenda dos Quatro Trabalhos de Psiquê: A separação dos grãos, A lã de ouro, As águas da nascente do Rio Estige e A beleza de Perséfone. Depois de muitas atribulações, com a ajuda de outros deuses e para desespero de Afrodite, ela conseguiu realizar as tarefas julgadas impossíveis e sem perder sua beleza. Eros já curado de sua queimadura vai ao socorro de sua amada, e dirigiu-se ao Olimpo para pedir a Zeus que os unisse em casamento. Zeus mandou Hermes buscar a jovem à sua presença e deu-lhe de beber a ambrosia, que lhe conferiu o dom da imortalidade. Depois declarou-a oficialmente para sempre esposa de Eros, tornando impotente o ciúme de Afrodite. Dessa união, a união do amor e da alma, pois psiquê significa alma, nasceu Volúpia.
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MGPsique.html
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